Sinopse
Eles eram um casal feliz, mas... Felicidade vem
sempre acompanhada de tristezas, e então Caroline e Niklaus colocam seu amor a
testar quando surge uma inesperada doença que mudaria suas vidas bem mais do
que eles imaginavam.
Capitulo
1 – O final do final feliz.
Aos
olhos de Caroline...
Era um dia ensolarado, e eu e Niklaus passeávamos pelo
parque, avistamos alguns balanços infantis e nos sentamos neles, trocávamos
selinhos enquanto nos divertíamos feito crianças naquelas gangorras. Depois
saímos andando nos maravilhando com a beleza daquele lugar, ele me contava
piadas tão sem graça que eu ria pelo fato de serem tão idiotas. Estávamos
felizes, muito felizes. Até que eu sinto uma tontura e uma forte dor abdominal,
enjoo, e então vômito.
- Amor, está tudo bem? – Nik disse enquanto me segurava.
- Sim. – Digo e olho para ele.
- Caroline... Seu nariz esta sangrando. Acho melhor irmos ao
médico. – Eu passo minha mão no meu
rosto para averiguar e realmente é verdade. Balanço minha cabeça positivamente
e então Niklaus chama um taxi para nos levar até o pronto-socorro.
~*~
Assim que chegamos ao hospital encontramos com o doutor, que
pediu para Klaus ficar aguardando na sala de espera enquanto ele me examinava.
Deitei-me na maca e o médico fez alguns testes. Ele olhou em seu bloco de
anotações, pediu para eu me levantar e chegou a uma conclusão: Eu estava com “Hemoptise Idiopática”, pois o
médico não encontrará nenhuma causa dessa condição. Ele me
informou que eu se fizesse o tratamento haveria cura, e eu teria de tomar também
alguns antibióticos que ele me receitaria. O tempo de tratamento poderia variar
de pessoa para pessoa, e eu teria de ficar internada aqui, até estar 100%
saudável, se é que isto seria possível. O doutor me libera para ir até Niklaus
e lhe informar sobre a situação, e eu faço isto.
- Amor... Estive preocupado, vocês demoraram. O que é? É grave?
– Klaus veio em minha direção e me abraçou.
- Estou com medo. Vou... Ter... de... Ficar... internada
aqui. – Falei entre meus choros e soluços.
- Shhh.. Calma meu amor vai ficar tudo bem. – Eu me sentia segura
em seus braços, com a cabeça sobre seu ombro e ele acariciando meus cabelos.
Mas ainda sim me preocupava, eu não conseguia parar de chorar, não queria ter
de ficar nesse lugar.
- Vamos embora?
- Mas você não disse que teria que ficar internada aqui? –
Ele questiona.
- Quem se importa? Não é nada demais, apenas... vamos embora,
me leve para sua casa.
- Caroline...
- Por favor, Nik. – Fiz uma cara implorando a ele que Niklaus
não conseguiria recusar.
- Ok. – Eu estava certa, ele não rejeitaria meu pedido.
- Vou apenas, beber uma água e já volto. Me espere aqui.
~*~
Klaus me levou para a casa
dele mesmo não gostando muito da ideia deu ter fugido do hospital, e então eu
ligo um som tocando algumas musicas animadas e começo a dançar enquanto Niklaus
se senta no sofá e fica me observando. Isto esta me irritando, ele não tirar os
olhos de mim e sua cara não ser a das melhores, então paro de dançar, me sento
ao seu lado e falo:
- Deveríamos ir pro Caribe
Niklaus, eu sempre tive vontade de conhecê-lo. – Ele continuou quieto, e desta
vez olhava para o nada, já que eu não estava mais em sua frente. – Nik? Esta me
ouvindo? – Ele fez sinal positivo com a cabeça. – Então, eu estava dizendo que
poderíamos ir para o...
- PARE CAROLINE! – Nik disse me interrompendo, agora ele se
levantará e alterava seu tom de voz. - Pare com tudo isso, você tem de se
tratar. – Seu sotaque fora embora. - Eu não vou simplesmente sentar aqui e
ficar vendo você morrendo enquanto finge que esta tudo bem. Antes de virmos eu
conversei com o médico, e você não pode programar férias pelo mundo ou... Ou...
Você não pode me deixar, por favor, volte para o hospital você tem de se tratar.
– Aquelas palavras me corroíam a alma, eu não queria deixa-lo, nunca, mas eu
precisava, seria mais fácil para mim e para Niklaus se ele deixasse de me amar,
talvez eu devesse prolongar esta discursão e tornar isto um plano.
- Você está sendo egoísta Niklaus, deixe-me aproveitar o
pouco tempo que me resta, estes podem serem meus últimos suspiros. Você não
entende? – Percebi o quanto seus olhos estavam inchados, e de repente lagrimas
lhe escapam molhando sua face. Ela passa sua mão no rosto, tentando
esconde-las. Eu também queria chorar, mas não podia, me contive. Chorar agora estragaria
tudo. Eu não queria que ele se sentasse ao meu lado em uma cama todos os dias,
ninguém mais precisa ter a vida destruída, já bastava a minha.
- Na verdade eu realmente não lhe intendo. Horas atrás estávamos
juntos e felizes, não fazíamos ideia desta doença e você cochichou em meu
ouvido que me amava.
- As coisas tomaram rumos diferentes... – Ele me olhou nos
olhos uma ultima vez e saiu para não sei onde, me deixando só naquela imensa
sala, naquela imensa casa. Finalmente deixei que escorressem minhas lagrimas. E
as lamúrias, falei:
- Desculpa. – E estas foram minhas ultimas palavras antes de
cair desacordada no vermelho tapete posicionado no centro da sala.
Aos
olhos de Niklaus...
Sai de casa e fui direto para um bar qualquer, pedi algumas
dosagens bem fortes e me embebedei todo. A bebida podia retardar meus
pensamentos e emoções mesmo que apenas por algumas horas e depois eu ainda
tivesse de aguentar uma enxaqueca. Mas nada comparado à dor que eu sentia no
meu peito era como se um animal selvagem com suas grandes garras rasgasse cada
parte do meu interior. Merda, a bebida não adiantava, eu ainda pensava em
Caroline, e agora eu falava coisas estupidas para as pessoas ao meu redor, por
sorte eram também todos bêbados, que no dia seguinte não se lembrariam de mais
nada que eu dissesse ou fizesse.
- Caroline você não pode me deixar. – Eu falava para uma taça
em minha mão. A que ponto eu já havia chegado. – Olha, eu te amo. – E beijei a
taça. – Docinho. – De repente sinto uma perca de consciência, e acabo caído no
chão do bar, desacordado.
~*~
Eu acordo e vejo que estou em uma cama de hospital, não sei o
porquê, eu não me lembro de nada, até que chega uma enfermeira dizendo:
- Deve estar confuso, se perguntado sobre porque esta aqui, a
resposta é simples, exagerou na bebida. Mas irei lhe passar alguns remédios
para a enxaqueca que deve estar sentido e então você poderá ir pra casa.
- Obrigado. – Engoli alguns comprimidos que a enfermeira
havia me dado, fui até o banheiro, me ajeitei e em seguida fui a pé para casa.
Chegando lá a porta estava aberta, eu deveria ter saído ontem
à noite sem fecha-la e Caroline não se preocupou também em encosta-la. Adentro
a sala, e levo um susto. Caroline esta caída no chão corro até ela, a sacudo,
mas ela não acorda. Encosto minha mão em meus bolsos procurando por meu
celular, mas não o encontro, então vou desesperadamente até minha mesa de canto
e disco os números da emergência no telefone. Peço uma ambulância o mais rápido
possível, encerro a ligação, volto para perto de Caroline e sussurro em seu
ouvido “Vai ficar tudo bem meu amor”.
Capitulo
2 – E a luta começa.
Aos olhos de
Niklaus...
- Senhor Mikaelson, por favor, acalme-se! – Era impossível,
eu andava de um lado pro outro histérico, já se fazia 20 minutos que eu não
recebia nenhuma noticia de Caroline. Mas então, finalmente o médico que estava
cuidando de Caroline aparece.
- Ela vai ficar bem? – O médico não respondia. O peguei pela
gola de sua camisa e o sacudi. – CAROLINE IRÁ FICAR BEM??? – Gritei
- Olha... Não... Queremos... – Percebi que eu estava
atrapalhando-o a falar, então o soltei e ele continuou a dizer. – Não queremos
dar falsas esperanças, o estado de Caroline é grave há insuficiência
respiratória aguda devido ao sangue no pulmão, ela é uma garota forte, pois
nesses casos a pessoa deve receber socorro imediato, e diríamos que ela ficou
um bom tempo desmaiada lutando pela própria vida, sozinha. Iremos realizar um procedimento cirúrgico para aplacar a hemorragia na
arvore respiratória, será necessário remover cirurgicamente o segmento
lesionado do pulmão. Este é um método de alto risco, gostaríamos que ficasse
ciente disto. – Não me tranquilizava ouvir isso, mas eu tinha fé. Como o médico
mesmo havia dito, Caroline é forte.
- Vou poder
vê-la antes da cirurgia? – O doutor permite e me leva até o quarto em que ela
se encontra. E nos deixa a sós.
- Nik... –
Ela usa suas poucas forças para falar.
- Você esta
bem? – Penso no que eu acabei de dizer, e reavalio. – Oh, que pergunta, você
está ai deitada nesta desconfortável cama, sendo obrigada a comer estas comidas
horríveis que te servem, e ainda tem uma doença filha da mãe. – Ela sorri, e eu
fico feliz. É bom saber que sou capaz de arrancar sorrisos dela mesmo nesta
situação.
- Eu
só não entendo como você ainda pode estar aqui comigo. Eu briguei com você,
disse para ir embora, mas você permanece aqui. Você tem... – Ela tosse, e
continua a dizer. – Uma vida inteira pra viver.
-
Acontece que a minha vida, está bem ao meu lado, e eu preciso que a minha vida
seja forte, e não desista tão facilmente. – Ela formou um belo sorriso tímido
com seus lábios, e salgou seu rosto com lagrimas. – Eu te amo. – Sussurrei,
segurei sua mão e cruzei nossos dedos.
-
Obrigada por tudo Nik. – E ela adormece mais uma vez.
~*~
Eu também acabo caindo no sono e quando acordo minha única
visão é Caroline já acordada, com os olhos sobre mim.
- Dormiu feito um anjo. – Ela diz para mim.
- Aposto que você dormia mais parecida com um do que eu.
- Não dormi.
- O que? Mais você... Você tinha... – Eu estava confuso.
- Eu desmaiei Nik, não estou bem. E acho melhor você ir
agora, porque a cirurgia já.. – Ela começa a tossir sangue, e a ficar sem ar.
Aperto o botão de emergência e os profissionais entram rapidamente na sala
socorrendo-a e me despachando de lá.
~*~
As horas passavam e eu me sentia um completo inútil por não
poder fazer nada para ajuda-la, a única coisa que eu fazia era andar de um lado
pro outro naquele cubículo que chamavam de “sala de espera” aguardando alguém
sair de onde Caroline estava e me dar alguma noticia. E pelo amor de Deus que
fosse uma boa noticia.
Mais alguns minutos arrancando meus cabelos de tanto
nervosismo e finalmente a porta daquela sala é aberta, vou ao encontro da
pessoa que eu desconhecia, provavelmente apenas um ajudante, e pergunto sobre
Caroline.
- Como ela está? – Pergunto inquieto.
- Mal... Ela não reagiu bem aos procedimentos, e não pudemos
concluir a cirurgia. Conseguimos sossegar um pouco a hemorragia, mas ela
continua lá e qualquer momento pode voltar com força, nós precisamos removê-la
literalmente, e o mais rápido possível. Ou a garota morrerá. Ela aguentar mais
uma parada respiratória como esta seria um milagre. – Era chocante como estas
pessoas eram ‘delicadas’, não se diz simplesmente que uma pessoa esta morrendo
desta forma tão fria. “A garota morrerá”. Aquilo trincava na minha cabeça, e
claro, inevitavelmente meu rosto já estava encharcado.
- Eu ao menos posso vê-la? – Implorei por aquilo.
- Senhor... Não é o momento mais adequado.
- Ela é minha namorada, eu preciso vê-la, ela é tudo que
tenho.
- Ok, mas terá de ser algo bem rápido. Como “Oi” e “Tchau”.
- Obrigado.
- Vamos, vou acompanha-lo. – E entramos na sala, Caroline
estava com um olhar cansado, rosto abatido... E desta vez ela não tinha nem
forças para mostrar-me seu deslumbrante sorriso. Me aproximei dela e sussurrei
“Te amo” mesmo sabendo que ela não poderia responder, em seguida beijei sua
testa que estava molhada de suor. Fiquei tão pouco tempo com Caroline e os
médicos já me pediam para me retirar, eu os obedeci, mesmo que não quisesse
sair um só segundo do lado dela, mas era necessário eu abrir mão disto para que
ela ficasse boa novamente. Eles tentariam mais uma vez concluir a cirurgia, e
aplacar a hemorragia, e eu apenas ficaria do lado de fora rezando para que
desta vez, tudo ocorresse bem.
Capitulo
3 – Um pedido inesperado.
Aos olhos de
Caroline...
Eu e Niklaus estávamos
sentados no final de um arranha-céu e a luz do sol bailava sobre nós. Era tudo
tão lindo ali de cima, as pessoas abaixo de nós eram tão pequenas, do tamanho
de formigas, ou talvez até menores.
Klaus me envolvia com
seus braços calorosos, e passeava sua mão pelas minhas costas, em um breve e
gostoso instante ele aproxima sua boca da minha e eu posso sentir o sabor
refrescante de menta vindo dela. Ele aproxima mais nossas bocas, até que nossos
lábios se encontram e se entrelaçam como um só.
De repente este doce
momento se rompe com uma forte pancada de chuva, e eu e Niklaus nos perdemos
entre a forte neblina que embaralha nossas visões, ele gritava pelo meu nome, e
eu tentaria responde-lo, mas uma moça de corpo esbelto, cabelos negros e olhos
escuros surge atrás de mim vestida com um vestido simples e branco, que lhe
caia perfeitamente bem.
- Vim para te buscar. –
Ela disse com uma voz suave.
- Pra onde irá me levar?
– Perguntei confusa.
- Um lugar lindo, o qual
todos um dia esperam conhecer.
- Mas e Niklaus? Ele virá
conosco?
- Ainda não. – E então
ela esticou o braço esperando de mim um retorno. Mas eu recuei.
- Não irei sem ele. - Eu
não conseguia imaginar a ideia de ter que abandonar Niklaus. Eu não poderia
abandona-lo. Nunca.
E
então de repente eu acordo, e mesmo com a visão confusa percebo que os médicos
estão comemorando, talvez eu tenha reagido bem à cirurgia. Tomara. Não vejo a
hora de me agarrar a Klaus e que o mundo inteiro a nossa volta suma, quero me
sentir segura entre seus braços e que desta vez seja real.
-
Você é uma garota de ouro. – Falou o doutor se direcionando para mim. – Pensamos
que tivéssemos te perdido por um momento, mas você é uma garota forte,
surpreendeu a todos querida. Parabéns Caroline! – Eu apenas sorri tímida, sem
saber o que dizer. – Agora tem uma pessoa que já não aguentava mais esperar
para lhe ver, pois depois de uma semana sem poder conversar com você... Dou lhe
toda razão. – Uau, eu havia ficado desacordada por uma semana, para mim não se
tinha passado nem se quer um dia, devo ter perdido a noção do tempo obviamente.
E
finalmente Klaus entra pela porta fazendo meu coração saltar. Ele se aproxima
de mim e o médico abre espaço para ele se sentar ao meu lado. O doutor e toda a
equipe médica se despedem da sala e nos deixam sozinhos.
- Senti
saudades meu amor. – Dizia Klaus com seus olhos inchados. – Eu tive tanto medo
de te perder. – Ele abaixa a cabeça e deixa suas lagrimas escorrerem. – Você me
deu um baita susto durante estes últimos dias. Eu fiquei a semana inteirinha
aqui. Trouxe rosas todos os dias, e vermelhas, suas preferidas. – Eu olho então
para o vaso carregado de rosas vermelhas, mas já secas ao meu lado. – Estas
estão velhas, murcharam, eu as trouxe ontem, mas tratarei de arranjar novas. –
Eu estava sem palavras, como poderia agradecê-lo por tudo isto?
-
Acredito que apenas dizer eu te amo não seria o suficiente para lhe agradecer
Nik.
-
Mas um sim seria o suficiente. – Ele procura em seu bolso por algo e encontra.
É uma caixinha pequena, azul marinho. Ele a abre e uma maravilhosa joia surge.
– Caroline Forbes, aceitaria se tornar Caroline Mikaelson? – Levanto meu corpo
e sento na cama, pego aquele anel brilhante em minhas mãos, o coloco em meu
dedo, e...
-
Não posso aceitar Niklaus, desculpe-me. – Agora eu ultrapassaria qualquer
recorde de babaquices que já fiz na vida, Klaus era um homem lindo e eu o
amava, mas eu nunca poderia agradecê-lo por tudo que estava fazendo por mim, eu
sempre teria esta enorme divida, e isto me preocupava.
Eu
não poderia ficar mais naquele lugar vendo o quanto Niklaus estava surpreso por
eu ter negado seu pedido de casamento, até eu mesma estava surpresa com a minha
decisão. Primeiro eu dizia em meu sonho que nunca o abandonaria e era
exatamente o que eu fazia agora. Eu retiro logo o anel de meu dedo e o coloco
na cama, saio rapidamente daquele ambiente, esbarrando em seguida nas pessoas
pelos corredores do hospital. Eu não conseguia controlar mais meu corpo, eu só
sabia que ele andava descontrolável mente para longe de Klaus. Se bem que não
era muito necessário correr, olhei despistada mente para trás e ele não me
seguia, deveria ainda estar pasmo e olhando para o nada, eu não o culpo, o
mínimo que ele poderia esperar depois de tudo que fez por mim era o meu “Sim”.
Mas eu havia feito o contrário. Eu neguei o pedido mais lindo e romântico que
ele já tinha me feito. Merda, eu sou uma tola mesmo. Sou toda errada, eu não
mereço ele. Niklaus merece uma mulher
perfeita, e isto é algo que eu nunca poderei ser.
Desapego
de meus devaneios e começo a procurar pela saída deste lugar. Meu cérebro
fritava, eu estava enlouquecendo com isso. Eu precisava de um banho frio
urgentemente.
Aos olhos de
Niklaus...
Eu
ainda permanecia do mesmo jeito quando Caroline abandonará a sala, intacto. Eu
estava me culpando agora por ter perdido a mais bela mulher que já havia
conhecido, tanto por dentro e por fora. Será que eu havia me precipitado demais
com este pedido? Ela acabava de despertar depois de uma semana inteira
adormecendo. Talvez ainda estivesse bastante confusa e não preparada para isso.
Merda, como sou burro. Peguei o anel que Caroline jogará na cama antes de sair
correndo, e refleti em como ela tinha ficado linda com ele, me lembrei de como
seus olhos brilharam quando o viu, pensei que ela tinha gostado da surpresa. Eu
estava errado. Era bobagem segurar mais as minhas lagrimas, então as liberei,
além do mais eu estava sozinho naquela sala. Outra coisa que também matutava em
minha cabeça era, como eu ainda conseguia chorar, eu já havia derramado este
salgado liquido esta semana o suficiente para três vidas. Lagrimas em vão,
chorei por Caroline, fui estupido, ela me largou, simplesmente isso. Se eu
soubesse que terminaria assim teria evitado até o nosso primeiro “Oi”. Então eu
percebia que agora toda a tristeza que eu estava sentido se transformava em
raiva, ódio. Eu não me responsabilizaria por minhas próximas ações.
Capitulo
4 – Ombro amigo um abrigo.
Aos olhos de Caroline...
Eu
acabava de chegar em casa, mas sem chaves. Elas haviam ficado na minha bolsa,
nos hospital, e eu não voltaria lá correndo o risco de me encontrar com
Niklaus, eu estava com medo na verdade, ele tem um futuro todo planejado, e
isto me assusta tanto, eu tenho medo de não conseguir agir de acordo com os
planos dele, eu tenho medo de deslizar qualquer momento e acabarmos com os
corações machucados. Bom, parece que já é tarde de mais, já nos ferimos, na verdade
eu feri a ele, e a mim também. Eu acho que apenas preciso de um tempo para
processar tudo isto que aconteceu, eu fiquei desacordada uma semana inteira e
de repente acordo com um pedido de casamento, isto me espantou. E eu sou tão
covarde, fugindo do homem que amo, por medo de não me encaixar tão bem no seu
futuro esquematizado.
Interrompo
meus pensamentos, e pego uma chave reserva que eu costumo esconder por trás de
um vaso de plantas ao lado da porta, em seguida a abro e vou direto para o meu
quarto. Procuro por uma pijama bastante confortável e pego minha toalha jogada
em cima da cama, entro no banheiro colocando minhas roupas sobre o toalheiro,
retiro minhas vestes – se é que se pode chamar estes horrores que nos dão para
vestir no hospital de veste – e entro debaixo do chuveiro fechando o box por
trás de mim. Deixo a congelante água bater sobre minhas costas tentando ao
máximo desviar minha mente de Klaus. Impossível. Por mais que eu tente, eu só
penso nele, é como se um filminho com todos nossos felizes momentos passasse na
minha cabeça, e aquilo machuca tanto, porque agora eu não sei se teremos mais
momentos como este, pois eu estraguei tudo, como sempre. Eu sou estupida.
Abro
o box, pego minha toalha, me seco e coloco meu pijama. Caminho até o quarto
calço minhas pantufas e vou até a penteadeira, seco um pouco meu cabelo com o
secador e logo me jogo na cama, procuro o controle pra ligar a TV e assistir
qualquer porcaria... Mas merda, ele tá tão longe, a preguiça não deixa então eu
desisto, talvez dormir um pouco seja bom... Não, eu já dormi uma semana inteira
e sono esta bem distante de mim nesse momento. Resolvo ligar para Elena que é
sempre tão acolhedora e Bonnie que possui os melhores conselhos. As duas dizem
não demorar então fico sentada na cama aguardando-as enquanto o tédio me
domina.
~*~
- Caaar. – Falou Elena me abraçando assim que abri a porta.
- Sentimos saudades – Bonnie disse e também me abraçou.
- Aww, também senti saudades meninas. – E fechei a porta
enquanto elas se jogavam no meu sofá.
- Então amiga, desabafa. – Elena pediu.
- Niklaus me pediu em casamento. – Fui direta e falei tudo de
uma vez.
- Oh, meu Deus. Isto é o máximo Caroline. – Bonnie articulou
contente.
- Na verdade não... – Elas se entreolharam confusas. E eu me
sentei no outro sofá do lado delas. – Eu recusei seu pedido. – As duas se
entreolharam novamente embaraçadas, nós tantas vezes conversávamos sobre este
assunto e eu dizia o quanto desejava que Niklaus me pedisse em casamento, eu
falava que aceitaria sem duvidas, pois ele era – e ainda é – o amor da minha
vida. Elas deveriam agora estar me achando uma estupida, burra, tola, tudo isso
e mais, só que eram minhas amigas e tentariam me apoiar mesmo que eu tivesse
cometido um grande erro.
- Ele se precipitou, não foi Car? – Ponderou Elena. E eu
assenti com a cabeça.
- Vocês deveriam conversar, coloque o seu ponto de vista,
diga que ainda esta abalada por ter ficado tanto tempo desacordada e esta
surpresa assim tão de repente lhe deixou confusa ou que, foi estranho acordar e
logo de cara receber tamanha proposta – Aconselhou Bonnie.
- Acho que agora terei de dar um tempo a ele também, Niklaus
deve estar bastante abalado por conta deste acontecimento. Talvez daqui a
alguns dias eu vá até a casa dele, para tentar resolver as coisas. – Bonnie
sorriu de leve e abriu seus braços me convidando para um abraço. Vou até o lado
dela e o recebo, agarro também Elena e digo:
- Não sei oque seria de mim agora sem vocês, obrigada. – E
deixei que minhas lagrimas escorressem em seus ombros.
Capitulo
5 – A nova mulher.
Aos olhos de Niklaus...
Não
eram nem cinco e meia da manhã e eu já estava de pé, peguei meu casaco e fui
para o carro, eu tinha resolvido que iria fazer uma viagem hoje para qualquer
lugar, só importava que este fosse longe o bastante de Caroline.
~*~
Resolvi
parar num bar de estrada conhecido, seu nome era Scotch. Sentei na bancada e pedi uma dosagem forte de
uísque. Bebi o liquido em um só gole e pedi ao balconista mais. Uma admirável mulher (imaginem a Lauren como
uma mulher linda e atraente, quase como a Megan Fox u. u) entra pela porta do bar,
pele morena, cabelos escuros e ondulados, e olhos negros brilhando enquanto a
luz batia neles. Ela caminha em minha direção e se senta ao meu lado. Ela olha
para meu copo e pede a mesma bebida ao balconista, só que não apenas um pequeno
copo como eu, ela opta pela garrafa inteira.
-
Belas moças não costumam se afogar de uísque. – Atraio sua atenção e ela
vira-se para mim.
-
Você também não é de se jogar fora, porque se embebedaria já tão cedo? – Dou um
riso fraco e a respondo em seguida.
- Eu
levei um pé na bunda. – Ela ri. – Isto é realmente tão engraçado? É um pouco
triste para mim.
-
Estamos na mesma situação, também levei um toco. – Ela levanta sua garrafa. –
Um brinde a nossos foras. – Algo um pouco estranho comemorar a desgraça mais eu
levanto meu copo e brindo com ela. – Bom eu já vou indo, foi legal conhece-lo.
– Ela se levanta e se direciona a porta, mas eu seguro seu braço.
-
Espere, tem um numero para que eu possa ligar mais tarde? – Ela sorri
maliciosa.
-
Não, na verdade joguei fora meu celular, historia muito longa para contar. Mas
me encontre aqui amanhã novamente, no mesmo horário, sou uma fiel cliente. – E
antes que eu pudesse lhe perguntar seu nome ela já havia batido a porta por
trás de si. Sem falta eu precisava estar aqui amanhã antes das sete para poder
vê-la, eu precisava conhecer mais sobre esta mulher, de um modo inexplicável
ela me atraiu. E juro que não fora apenas por sua beleza, havia algo mais.
~*~
Levanto-me
ao tocar do despertador, eu o colocara para tocar às cinco horas, para que eu
tivesse tempo de me arrumar e em seguida ir para o bar, o percurso demorava
cerca de uma hora e meia, e eu não gostaria de me atrasar, este era o porquê de
acordar tão cedo. Me espreguicei na cama e levantei. Abri o guarda-roupa e
escolhi uma calça jeans mais camisa social branca, as vesti e depois coloquei
meus sapatos. Andei até o banheiro, penteei meu cabelo, escovei os dentes...
Logo peguei uma bala de menta sobre minha cômoda e mastiguei, espirrei perfume
sobre meu pescoço e pulsos e desci até a cozinha, peguei a chave do carro em
cima da geladeira e caminhei até ele, me sento no carro, ligo-o, e faço a
viagem ao o som de Somebody That I Used Know (?).
~*~
Adentro
no bar, mas a pessoa que eu desejo encontrar ainda não esta lá, escolho o mesmo
lugar de ontem para me sentar, e peço um uísque. Enquanto o garçom me servia
ouço a porta batendo, viro-me para trás e lá esta ela. A bela mulher a qual eu
tão pouco conhecia. Ela dá um sorriso sexy e senta-se mais uma vez ao meu lado,
apanha a minha bebida e a engole de uma só vez.
-
Hm... Forte esta tem mais um pouco pra mim? – Eu sorrio, e em seguida levanto
meu braço fazendo um gesto com a mão para chamar o garçom que estava do outro
lado.
-
Por favor mais duas doses. – Ele retira uma garrafa debaixo do balcão, mais
dois copos e nos serve. – Então, eu gostaria de saber seu nome. – Digo, e tomo
um pequeno gole da minha bebida, já ela bebe a sua de uma só vez.
- Lauren.
– Ela responde.
-
Tem um sobrenome? – Ela faz uma cara de deboche e responde:
-
Claro, mas não vou te dizer se é isso que você quer.
-
Ok, eu sou Niklaus, Niklaus Mikaelson.
- É
enorme, esquecerei em menos de três minutos.
-
Pode me chamar de Nik. – Ela ri. – Qual a graça?
-
Este apelido é muito gay, vou te chamar de Klaus. – Desta vez eu rio.
-
Minha ex costumava me chamar assim.
-
Isso já é por si só suficiente para eu não lhe chama-lo assim. Às vezes temos
de desapegar do passado até nos mínimos detalhes. – Lauren diferente de
Caroline era uma mulher independente nem grudenta, isto fora o que me atraiu
nela pois neste momento eu precisava de alguém totalmente diferente para me
fazer esquecer de Caroline, mas conquistar Lauren seria sem duvidas um grande
desafio. – Para de me olhar com essa cara de idiota. – Reclamou do meu sorriso
bobo no rosto enquanto eu pensava em como seria ter aquele seu corpo quente
conectado ao meu.
-
Desculpa, é que... – Ela me olhava com uma cara sarcástica.
- Se
você quer transar comigo diz logo, não precisa de todos esses rodeios. – Oh
Deus, ela parece ler meus pensamentos.
-
Claro que não. – Tentei esconder o quanto estava surpreso.
-
Ok, então. – Ela se levanta e caminha até a porta. Eu penso um pouco e reflito,
qual o problema em me divertir um pouco? Corro atrás dela e a encontro no
estacionamento.
-
Espera Lauren. – Ela vira-se para mim. – Vamos para a minha casa?
Ela
mostra seus dentes num sorriso provocante. E diz: - Onde está o seu carro baby?
– Caminho até ele e ela me acompanha. – Hm, fã de carros antigos, gostei. – Ela
disse enquanto admirava meu chevy impala 97, em seguida entramos nele e partimos para minha casa.
~*~
Estaciono
o carro na garagem, e entramos na casa conversando e rindo. Até que nos
deparamos com uma surpresa, Caroline, ela se surpreende também ao me ver com
Lauren.
- O
que faz aqui? Como entrou? – Logo perguntei.
-
Você me deu uma chave, não se lembra?
- Na
verdade não. Não é minha prioridade agora lembrar de você. – Ela travou, eu fui
direto demais e aquilo deveria tê-la machucado. Mas eu não me importava, ela
tinha me machucado primeiro, agora eu estava acertando as contas.
-
Nik... Acho melhor eu ir. – Disse Lauren.
-
Não! Por favor Lauren fique, quem deve sair é Caroline. – Caroline me olhou
aborrecida.
- Eu
sinto muito Nik. Não deveria ter recusado me casar com você. – Falou Caroline.
- Eu
também sinto muito, pois a fila andou. – Caroline colocou a chave sobre a mesa
de centro e se direcionou a porta cabisbaixa, mas antes que ela passasse por
ela falei: - Ah, e por favor não me chame mais de “Nik”. – Ouvi o engasgo que
ela deu, deveria estar segurando para não chorar em minha frente, eu sabia que
aquilo havia doído. E assim que Caroline saiu, Lauren riu.
- “A
fila andou”? Você não tinha nada melhor em mente para falar? – Ela riu
novamente.
-
Foi o melhor que eu consegui pensar. Mas... Você me chamou de Nik, você disse
que este apelido era gay.
-
Acontece que Caroline te chamava assim, e ela deve ter ficado morta de raiva e
ciúmes por me ver te chamando do apelido que ela mesma deu. Mas isto não
importa, ela disse que você a pediu em casamento, é verdade?
- É
uma longa historia...
- Eu
tenho tempo. – Ela pensou um pouco e se pôs a falar novamente. – Na verdade
não, você ainda esta preso a Caroline e eu não vou me sujeitar a ser seu prêmio
de consolação.
- Eu
pensei que você só quisesse... – Ela revirou os olhos.
-
Sexo? É verdade. Mas talvez eu tenha perdido a vontade de transar com você
depois disso tudo, aqui não é um bingo e mais uma vez eu repito: não sou seu
prêmio de consolação. Adeus Niklaus.– Antes que eu pudesse impedi-la ela sai e
bate a porta, e o barulho ecoa na sala, enquanto eu me jogo no sofá,
inconsolável. Agora eu passaria o resto do dia me culpando por ser tão estupido
a ponto de perder Caroline e Lauren.
Capitulo
6 – Um dia bastante molhado.
Aos olhos de Caroline...
Péssima
escolha de ter ido até a casa de Niklaus, eu tinha esperanças de que talvez
pudéssemos resolver as coisas, mas parecesse que ele me superou rápido demais.
Ao menos eu tinha a desculpa das chaves, senão teria sido ainda mais humilhada.
A tal mulher que se chamava Lauren – pelo menos foi disto que Klaus a chamou –
já trocava apelidinhos com ele, e o pior ela o chamou de Nik, e apenas eu o
chamava assim, e então de repente ele me expulsa de sua casa, eu nunca
esperaria algo do tipo dele, mas parece que as pessoas mudam. Jogar-me de um
precipício agora seria menos doloroso. Mas que diabos, eu não consigo parar de
chorar, as pessoas na rua olham pra mim sentindo pena, já outras riem discretamente
por eu ser mais uma idiota neste mundo chorando por conta de um cara que feriu
seus sentimentos. Acontece que chorar é o único modo que eu encontrei para
colocar pra fora o que me machuca. E parece que a cada passo que dou mais longe
estou da casa de Bonnie. Minhas pernas já estão cansadas de ter que carregar ao
peso do meu corpo mais o dar dor que esta pesando no meu coração.
Tento
me despistar observando a paisagem ao longo do meu caminho: árvores cercando a
vizinhança com belos pássaros em seus topos os quais cantavam alegremente –
como eles podem estar sempre felizes? Porque isto não existe na minha vida? –,
mais adiante uma pista de skate que me faz lembrar de quando vinha aqui junto
com Elena e Bonnie paquerar alguns skatistas, olho para praça que também
adorávamos vir e.. casais se beijando, desvio o olhar, e continuo meu percurso
agora olhando apenas para o chão.
Finalmente
chego a casa de Bonnie, não era tão longe mas minha situação colaborou para que
parecesse que foste muito mais longe do que é realmente. As lagrimas haviam
parado de cair e meu rosto já se encontrava seco, então toco a campainha e
Bonnie logo me recebe.
-
Car. – Ela sorri. – Entre. – E cedeu espaço para que eu entrasse. Fomos até seu
quarto e comecei a explicar a situação a ela.
- Eu
não sei o que faço, é como se meu mundo estive prestes a cair. Na verdade, ela
já desmoronou. Niklaus não estava tão abalado como nós e Elena pensávamos, eu
mal dou dois dias a ele, e Nik já esta com outra. – Bonnie deixa seu queixo
cair, ela estava tão pasma quanto eu quando vi os dois juntos.
-
Meu Deus, eu não acredito!!! Niklaus? O Klaus que conhecemos? Tem certeza que
não esta falando de outra pessoa?????
-
Bem que eu gostaria de estar errada, mas ele olhou nos meus olhos e me expulsou
de sua casa. Ele mudou tanto, e em tão pouco tempo. – Eu rondava pela sala inquietamente.
– Eu vou matar aquela desgraçada, o Nik é meu. Mesmo não estando mais junto
comigo, ele ainda é MEU! – Bonnie riu. – NÃO RIA!
-
Desculpe Car é apenas que você...
-
Estou pirada eu sei. Ah Bonnie a verdade é que ele me deixa assim, aos prantos
e morrendo de ciúmes. E eu odeio isso, você sabe, se lembra daquela historia na
7ª serie em que eu terminei com o Matt por ele pegar um suco para a Elena na
merenda? Então eu não mudei ainda continuo sendo a mesma
louca-insegura-controladora-incurável de antes. – Falei sem pausar. Ela ri mais
uma vez. – Isto não é divertido! Não esta vendo o quão trágica é a minha vida?
Me empresta um garfo vou me matar.
- Ok
Caroline, chega de drama por hoje, meus ouvidos já ouviram de drama agora mais
do que podem aguentar.
- Se
Elena não estivesse tão ocupada agora com Damon eu desabafaria com ela, ela é mais toda a ouvidos.
-
Você tem razão Elena é mais paciente pra isso. Sabe Car eu só queria te dizer
que você não pode se abalar tanto sempre que tem uma decepção amorosa. Você
imagina tanto algo tão perfeito como nos filmes românticos que assiste e acaba
se desapontando com a realidade. Essa daqui é a vida Car, injusta e cruel.
Aqueles contos de fada que você tanto ama é ilusão. E no fundo você sabe que eu
tenho razão.
-
Grande discurso Bennet. – Bati palmas ironicamente.
-
Não adianta fazer graça pra tentar se safar você sabe que eu tô certa. – Arg,
ela parece ler meus pensamentos, como pode me conhecer tão bem?
“Talvez
seja o fato de você não fechar a matraca um segundo e contar sua vida inteira
pro primeiro que aparecer na frente” Pensei, meu Deus, agora eu mesma estava
ficando contra mim. Ok Caroline você é um saco.
Vamos
fazer pipoca e assistir a um filme? – Perguntei numa tentativa de sair dessa
conversa chata que não me agradava.
- Então
vá escolhendo o filme enquanto eu vou fazer a pipoca. – Em seguida ela se
encaminhou a cozinha, e eu a estante.
Coloquei
o filme para rodar no blu-ray
enquanto Bonnie chegava com pipoca e suco, nos jogamos em cima da cama, e
esperamos o filme começar. E apenas em trailers e avisos sobre pirataria já
havia se ido metade da pipoca. Alguém terá de ir buscar mais.
Aos olhos de Niklaus...
Já
se era de noite e eu sai, precisava beber um pouco. Não estava me reconhecendo
muito esses dias, nunca fui de beber, e agora de um tempo pra cá isto meio que
virou rotina. Será este o efeito de uma mulher em um homem? Ou talvez o efeito
de duas mulheres.
Ah
Niklaus você esta encrencado. Uma mulher já não é problema suficiente? Estou
aprendendo isso na marra.
Fui
com o carro até o Scotch.
Me
sentei num banco em frente ao balcão como de costume e mudei meu pedido, nada
de whisky, desta vez apenas uma garrafa de cerveja bastaria. Eu só precisava
por algo para descer pela garganta. Eu não estava triste pra me embebedar, mas
também não estava feliz, digamos que encontrei um meio termo.
Eu
finalmente tinha uma sensação de estar vivendo, eu não estava mais sendo
controlado por Caroline o tempo todo. Eu não precisava mais me preocupar com
oque ela acharia sobre minhas ações, não me importava mais sua opinião. Entre
todas as sensações desde o nosso termino essa fora a melhor, a de ser livre. Se
bem que eu sentia tanta falta dela, de seu carinho, seu cheiro, seu toque.
“Desapegue-se!”
Gritei para mim por pensamento. Eu não posso continuar tão conectado a ela, nós
terminamos e isso significa se desapegar, se esquecer. Só não significa que
seja fácil.
Tomei
dois goles de minha cerveja, e ouço a porta bater, viro-me para trás por
curiosidade e quem acaba de chegar é Lauren.
-
Lauren? – Ela se senta a três bancos de distância do meu, me ignora e pede algo
ao garçom. – Olha, realmente me desculpe. Você não é nenhum prêmio de
consolação pra mim. – Disse enquanto me aproximava dela. – Confesso no inicio
não ter levado muito a serio, eu só desejava tirar Caroline da minha cabeça,
mas as coisas saíram diferentes de como eu imaginava e acabei... sei lá,
gostando de você. – Ela solta uma risadinha.
-
Você não precisava de todo esse sentimentalismo querido. Mais cedo eu apenas
não estava muito bem. Assuntos femininos. Só que agora estou ficando
preocupada, você gosta de mim.
- E
isso é ruim? – Estranhei.
-
Claro, ou você ainda não percebeu que não quero compromisso? Eu quero somente
diversão baby. – Sim, eu estava MUITO encrencado, primeiro que apaixonar-se por
uma mulher já é grande problema, por duas ao mesmo tempo piorou. E agora uma eu
magoei tanto hoje que ela não deve querer me ver nem pintado a ouro, a outra não
quer se permitir gostar de mim. Ah Niklaus, você esta em metido em um
problemão. – Então o que me diz? – Aquelas palavras me despertaram de meu
pensamento.
Eu
sabia sobre o que ela estava falando, sexo sem compromisso, mas eu não queria
isso, eu nunca fui daqueles que foge antes das seis sem deixar rastros. Eu não
sabia oque responder, além do mais, eu nunca havia tido um dialogo destes.
-
Preciso terminar minha cerveja. – Então bebi todo aquele liquido em segundos.
-
Ok, você quer tempo, eu te dou tempo. Mas não a vida inteira esta bom docinho?
– Os apelidos que ela me dava soavam tão irônicos. – Você sabe onde me
encontrar, agora vou indo.
-
Tchau. – Me despedi e em seguida ela se foi.
“Confusão”. Esta era a palavra que definia
minha vida neste exato momento. Melhor eu ir para casa e cair no sono, isto me
garantirá algumas horas de sossego dos meus próprios pensamentos.
Deixei
uma nota alta que cobrisse o valor da minha bebida no balcão e peguei o carro
indo em direção a minha casa, precisava dormir.
Capitulo 8 – História
do passado.
Aos olhos de Caroline...
A
luz do sol invadia o quarto pela fresta da cortina me acordando. Bocejei e
virei para o lado, Bonnie ainda dormia. Me levantei e fui para a cozinha, mordi
uma maça que estava em uma cesta sobre a mesa e me sentei na cadeira, suspirei
e pensei “Vamos lá Caroline, seja forte, levanta essa cabeça e siga em frente.”
-
Buuuh! – Dei um pulo com Bonnie me sacudindo, me fazendo tomar um baita susto.
-
Ahhh, eu te mato. Você sabe o quanto eu odeio que me deem um susto. – Ela riu,
e eu mantive minha postura de brava.
-
Mas pera, eu só ia te dar um bom dia.
-
Aham, então da próxima vez não venha tão silenciosamente e me cutuque. – Ela
abriu a geladeira e pegou leite, mais cereal no armário, em seguida se sentou
ao meu lado. – Gritos também não são legais. – Continuei com minha atitude de
brava mas acabei caindo na gargalhada.
-
Aháaa eu sabia – Bonnie comemorou. – Você nunca consegue manter esta sua
postura de séria.
-
Boba, eu estava quase conseguindo mais você me desconcentrou.
- Ah
que isso, eu fiquei quieta no meu canto e... – Ela olhou pra mim. – Trégua? –
Acenei com a cabeça e rimos. – Mas então, preparada para um novo dia? Arranjar
um novo emprego...
- Na
boa? Super! Sabe Bonnie acabei de resolver, não vou ficar aqui me escondendo do
mundo e assistindo filmes de melo-romances enquanto me engordo de tanto comer
chocolate. – Me entusiasmei e subi na cadeira. – Eu vou sair hoje por aquela
porta com a cabeça erguida e mostrar para todos que homem algum deixa Caroline
Forbes arrasada. – Bonnie caiu na gargalhada. – Que foi?
-
Nada, é apenas engraçado.
- Eu
estava inspirada. – Rimos juntas. – Ahhhh Bonnie, mas antes vou precisar de
algumas roupas suas emprestadas, não posso sair daqui com espirito de mulher-que-não-se-abala
e usar a mesma roupa de ontem.
-
Claro, vamos pro quarto escolher.
Coloquei
meu traje e fiquei apenas apaixonada pela blusinha, esta eu não devolveria, Bonnie
também já havia pegado varias peças minhas quando as emprestei, nós simplesmente
gostávamos e ficávamos com elas, era como uma troca entre amigas. Já
estávamos prontas então saímos no carro da Bonnie para procurar um emprego
pra mim, ela iria me ajudar.
- A
sua mãe esta voltando do México Car. Já devia ter lhe contado há um tempo, mas
acabei esquecendo. Ela terminou o serviço e vai ficar uns dias por aqui, com
você. – Eu não estava gostando da ideia, nunca me dei bem com ela. Elizabeth nunca
esteve presente quando precisei, nem mesmo desta vez que fiquei em coma e quase
faleci. E agora ela estava voltando para oque? Já que nunca se quer me deu
atenção.
-
Quando? – Perguntei sem animo.
-
Sábado.
-
Ótimo. – Fui irônica. – Em três dias serei obrigada a conviver com a Dona
Forbes atuando, tentando fazer um papel de boa e preocupada mãe.
-
Caroline, não a trate mal, pelo menos desta vez. Tente entender também um pouco
o lado dela.
-
Bonnie, por favor não vamos brigar ok? Apenas continue a dirigir.
-
Apenas me prometa que ao menos vai tentar ser compreensiva. – Bufei.
-
Tudo bem, você me ganhou. Eu vou tentar,
não significa que realmente venha acontecer. – Dei ênfase no “tentar”. Bonnie parou
o carro e me olhou torto esperando que eu prometesse. – Eu prometo! Satisfeita?
– Ela assentiu com a cabeça. – Continue dirigindo agora, até o cinema, ouvi
dizer que estão precisando de alguém, o antigo funcionário se demitiu parece
ter se mudado de cidade.
-
Não é muito bem a sua cara isso.
- Ou
era isso ou ter de limpar banheiros. Prefiro ser uma garçonete ao invés de ter
minha mão enfiada numa privada.
- Acho
que eu também escolheria isto. – Eu ri.
-
Chegamos! – Exclamou Bonnie, enquanto estacionava o carro em frente à entrada
do cinema. – Vai lá e boa sorte. – Abri o carro e me despedi pela janela.
-
Beijo, boa sorte pra você também no seu trabalho. – Sorri e ela retribuiu.
-
Realmente, não é fácil aturar a Karen com aquela maritaca, ops... Boca. –
Soltei uma risada e logo Bonnie saiu com o carro e deu uma buzinada já um pouco
distante, dei tchau balançando minhas mãos. Logo entrei no cinema, para
procurar pelo chefe e tentar convence-lo a me dar o emprego. Cruzei os dedos.
Sorte pra mim, eu realmente não quero limpar banheiros.
~*~
Toquei
a porta e o Sr. Hillebrand pediu para que eu entrasse. Ele
era um homem não muito alto, um pouco gordo, de cabelos grisalhos e seus poucos
mais de cinquenta anos. Ele olhava pela imensa janela de vidro do quarto andar
o movimento da cidade.
-
Olá Sr. Hillebrand, eu sou Caroline Forbes. – Ele vira-se
para mim com seu cigarro na boca.
- Eu
sei quem é você. - E então apaga seu cigarro e o deixa no cinzeiro.
-
Bom, eu estou procurando um emprego, e ouvi dizer que você procura um novo
garçom, ou garçonete. – Ele da mais uma olhada em mim de cima a baixo.
-
Contratada. – Mas... Já? Não pensei que fosse ser tão fácil, claro é ótimo que
tenha sido assim tão fácil, é apenas estranho... Mas ótimo, quanto mais simples
melhor, não vou reclamar por ter sido contratada tão rápido sem milhares de
perguntas e etc. Isso deve ser oque as pessoas chamam de sorte. – Se encaminhe
para a lanchonete e peça a algum outro funcionário para entregar seu uniforme.
– Ele se sentou em sua poltrona. – Tire suas duvidas também com ele, se não for
possível venha a minha sala será um prazer. – Ele deu sorriso maldoso. Eca, um
homem de cinquentas e tantos anos todo mal-intencionado para o meu lado, e o
pior é meu chefe. Nojento.
Saí
daquela sala o mais rápido possível, não fiquei confortável com a situação, e
fui até a lanchonete, cheguei até o balcão e não vi ninguém ali, fiquei na
ponta do pé aumentando meu campo de visão para dar uma espiada. Ainda nada.
Então
de repente surge uma voz atrás de mim, me assustando.
-
Posso ajudar? – Viro-me e vejo um belo marmanjo, que não pude deixar de reparar
em seu corpo tão definido.
-
Ah, desculpe-me, eu estava... Eu estava... – Balbuciei.
-
Não precisa se explicar, esta tudo bem. – Ele sorri simpático. Porque diabos eu
estava nervosa apenas de ver um homem bonito? Nunca fui disso.
-
Bom, eu vou trabalhar aqui. E o Sr. Hillebrand disse para eu ver meu uniforme com algum dos atendentes. – Aleguei.
-
Então encontrou a pessoa certa, vou buscar seu uniforme, me espere aqui, ok?
-
Ok. – E ele caminha até uma sala à direita. Provavelmente a sala dos
funcionários.
E em
poucos minutos volta com meu uniforme: apenas uma blusa com o nome do cinema
“CineHille” – combinação com as quatro primeiras letras de cinema mais as iniciais
do sobrenome do dono –, e uma tiara atolada de glitter.
-
Não fique tão contente com essa roupa, na semana das crianças é um desastre. –
Eu rio. Ele deveria estar se referindo as roupas infantis que seriamos
obrigados a usar, provavelmente algo relacionado a estes filmes infantis da
Disney.
-
Não tenho muito problema com isso. E também não devo ficar aqui até em outubro,
este emprego é temporário.
- É
uma pena. – Ele disse baixo mas eu ainda consegui ouvir.
-
Oi? – Me fiz de desentendida.
-
Nada. – E logo mudou de assunto. – Sou Tyler, Tyler Lockwood. E você?
-
Caroline Forbes. – Ele abriu levemente a boca, como se tivesse se lembrado de
algo.
- Forbes...
Conheci Elizabeth Forbes, e agora olhando bem para você seus traços se parecem
com os delas, nunca soube que ela teve uma filha.
-
Ela nunca foi de falar de mim, acho.
- Conheço
sua mãe de alguns tempos atrás ela sempre fora muito amiga da minha, antes de
falecer. Mande abraços a ela. – Talvez ele não soubesse que nós não dávamos
muito bem e nem nos falávamos, então fui apenas gentil e assenti.
-
Sinto muito. – Me referi à morte da mãe dele.
-
Não sinta. Eu gostaria de reencontrar sua mãe novamente, agradece-la pelo oque
fez. – Eu nunca soube dessa historia e agora estava ficando curiosa para
conhecê-la.
-
Oque ela fez?
-
Vejo que já fez amizade com um de nossos funcionários Caroline, mas não se
esqueça de que aqui a prioridade é trabalhar e não bater papo. Então coloque
seu uniforme, e já ao serviço. – Disse Sr. Hillebrand nos surpreendendo com seu aparecimento
tão de repente.
-
Sim senhor, desculpe. – Falou Tyler cabisbaixo.
-
Acabou de chegar uma caminhonete com algumas caixas, coloque-as no deposito
para mim. – Sr. Hillebrand falou para Tyler que em seguida saiu – E você
Caroline oque esta olhando? – Brigou por eu ainda estar parada ali. – Coloque
seu uniforme e para trás da bancada, já. – Segui suas ordens e fui me vestir na
sala de funcionários, depois me encaminhei para o balcão e fiquei observando
moscas já que não havia ainda nenhum cliente ainda para eu atender. Eu
continuava curiosa para saber mais sobre oque Tyler estava prestes a me contar
antes de sermos interrompidos pelo chefe, talvez no final do expediente eu
consiga para-lo e exigir que ele termine de me contar toda a história.
Alguém
do outro lado da bancada tossiu intencionalmente tomando a minha atenção.
-
Ah, olá senhora, oque vai querer? – Ela era meu primeiro freguês.
-
Apenas um balde de pipoca tamanho médio com bastante manteiga, e dois copos de
refrigerante para mim e meu filho. – O pequeno me encarava com aqueles seus
olhos gigantes e eu me desconcentrei. – Garota? – Mais uma vez a mulher me
despertava das minhas idealidades. – Meu refrigerante e pipoca, por favor.
-
Claro, desculpe-me. – Peguei o balde atrás de mim e enchi de pipoca, e manteiga
como a mulher pedira, em seguida enchi dos copos de refrigerante e entreguei
tudo a ela. – Esta ai, são 15 reais. – Lhe informei o preço numa indireta embutida para
ela me pagar.
A
senhora me entregou o dinheiro e se dirigiu para a sala do filme. Sentei em uma
banqueta enquanto aguardava um novo cliente.
~*~
Eu
já havia cumprido meu horário e Tyler havia acabado de ser liberado também, fui
correndo ao seu encontro.
- Ei
Tyler, me espere. – Ele interrompeu seus passos e virou-se pra mim.
- Oi
Caroline.
-
Você esta muito ocupado?
- Um
pouco, tenho alguns serviços para fazer em casa.
-
Mas será que tem um tempinho pra gente conversar?
-
Quer me acompanhar até minha casa? Podemos ir conversando, e te pago um sorvete
no caminho. Tem uma sorveteria italiana lá perto que tem o melhor sorvete que
já tomei. – Ele sorri e estica seu braço estendendo a mão, esperando que eu a
segurasse e fosse com ele.
-
Ok. – Vou ao encontro de sua mão e ele me puxa para fora do cinema e me leva
até sua caminhonete no estacionamento que ficava atrás do estabelecimento.
Ele
abre a porta para mim num gesto cavaleiro. Dá a volta no carro e se senta ao
meu lado, logo saímos dali.
-
Então, me relembre sobre o que quer conversar.
-
Sobre Elizabeth. Você disse que ela fez algo pela sua mãe, justamente oque?
- Ah
esqueça, não é nada muito importante. – Ele parecia ter se arrependido de
comentar sobre tal assunto mais cedo e agora tentava consertar isso.
-
Claro que é. Agora termine a história que você me contou mal contada.
-
Caroline... – Ok. Este assunto realmente o incomodava, mas a minha curiosidade
não me deixaria em paz enquanto não descobrisse oque ele não queria me contar,
então insisti.
-
Por favor.
Ele
bufou. Eu devia estar o deixando irritado.
-
Você é persistente, e já vi que não me deixara sossegado enquanto não te dizer
né? – Ele manteve um tom tranquilo.
-
Exatamente. – Eu ri e ele também.
-
Bom, há um tempo atrás quando sua mãe ainda morava aqui ela conseguiu arranjar
para minha mãe uma vaga na uti.
-
Não vejo nada fora do normal nisto, este é o trabalho dela, ela é medica e tem
certa facilidade nos assuntos relacionados a isto.
-
Era um hospital particular, e nós não tínhamos dinheiro para paga-lo. O publico
estava lotado. Era uma época de surto da gripe, e muitas pessoas haviam pedido
para sua mãe ajuda para conseguir um leito, mas ela apenas ajudou minha mãe,
acredito eu pela amizade grande amizade das duas. Dona Forbes conseguiu um
leito de graça para minha mãe no hospital particular, e quando as outras
pessoas descobriram isto e viram seus parentes caindo mortos no chão por não
terem conseguido atendimento eles se revoltaram contra Elizabeth, foi então que
sua carreira quase desabou, mas antes disto acontecer ela se mudou de cidade na
tentativa de evitar isto. Assim que ela se mudou, e também por conta das
revoltas das pessoas não só contra Elizabeth mas também contra o hospital,
minha mãe acabou sendo enxotada da clinica e três dias depois faleceu. – Tentei
me segurar mais uma lagrima me escapou e rolou pela minha face. – Caroline...
Tudo bem?
- É
só que... Eu sempre acreditei que o motivo da minha mãe ter se mudado daqui
havia sido outro.
-
Nada disso foi por culpa sua se era oque você pensava.
-
Mesmo assim, porque ela não me levou junto? Eu já era órfã de pai, e fiquei de
mãe também. Ela simplesmente me largou com minha avó, que morreu ano passado,
ai eu fiquei sozinha, por sorte eu já tinha dezessete anos, se eu fosse dois
anos mais nova poderia ter ido para um orfanato. E eu não consigo acreditar
nisso, ela abandonou uma filha, ela me abandonou e agora esta voltando este fim
de semana e irá ser como se tudo isto nunca tivesse acontecido, ela vai chegar
com um sorriso falso e abrir os abraços esperando que eu a abrace e diga que
senti saudades, mas eu não vou fazer isso, porque ela não merece. E eu nunca
senti saudades dela, eu sentia falta de uma mãe, mas isto ela nunca foi. –
Terminei minha ultima frase já com o rosto encharcado.
-
Desculpe Caroline... Eu não deveria ter tocado no assunto. – Tentou me
confortar e se aproximou de mim para me abraçar. Mas eu o parei e abri a porta
do carro que já se encontrava estacionado em frente à sorveteria que ele
comentará. Desci do carro e me despedi.
- Isto
não tem nada haver com você, mas eu preciso ir, não estou bem. Convide-me para
um sorvete outro dia.
-
Espere Caroline, quer que eu te leve em casa ao menos? – Ele gritou de dentro
do carro.
-
Não precisa, obrigada. – Berrei já do outro lado da rua.
Um
taxi passou por mim e eu sai correndo atrás dele balançando minhas mãos
desesperadamente. O motorista percebeu e parou. Entrei no carro e dei ao
motorista meu endereço.
Por
sorte havia arranjado este taxi, a casa de Tyler era bastante distante da minha
e não se passava muitos taxis por aqui.
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